terça-feira, 27 de setembro de 2011

O sonho não vai acabar!



A chama não se apagou
Nem se apagará
És luz de eterno fulgor
Candeia

O tempo que o samba viver
O sonho não vai acabar
E ninguém irá esquecer
Candeia

Todo tempo que o céu
Abrigar o encanto de uma lua cheia
E o pescador afirmar
Que ouviu o cantar da sereia
E as fortes ondas do mar
Sorrindo brincar com a areia
A chama não vai se apagar
Candeia
Onde houver uma crença
Uma gota de fé
Uma roda, uma aldeia
Um sorriso, um olhar
Que é um poema de fé
Sangue a correr nas veias
Um cantar à vontade
Outras coisas que a liberdade semeia
O sonho não vai acabar
Candeia...

Composição: Luiz Carlos da Vila / Adilson Victor 




Homenagem a Mestre Candeia - "Silêncio de Bamba" (1979)





Porque o sonho virou pesadelo.

Quem menos trabalha
mais direitos tem
Quem mais trabalha
é tratado como refém

Quem inventa arma 
é agraciado
Quem faz cultura 
é ignorado

Quem aceita 
é massacrado
Quem vai a luta
é criminalizado

Mas têm estórias
que contam pra dormir
Se estiver despreparado
pode até cair.
Por: Fabio da Silva Barbosa




sábado, 24 de setembro de 2011

O amor pelo dinheiro

Tradução e legendas: Janos Biro  


Quando o poder do amor se sobrepuser ao amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz.
(Jimi Hendrix)

VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA EM AÇÃO!!!

Reflexões coletivas, Poesia, Arte e Música.
- Oração do Horizonte -




Protesto realizado em frente a ALERJ no dia 14/03/2008.


http://www.voluntariosdapatria.org

"EU FUI!", NÓS FOMOS!!! POESIA EM MOVIMENTO - FESTIVAL POESIA VOA.



CIRCO VOADOR 
dez. 2007
Patricia Carvalho-Oliveira
Canal de performance8

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

"NOSSO GRITO É CONTRA A GUERRA!"

A arma que muda é o livro. 
Marcelo Yuca


É com nossa Paz que podemos ajudar o mundo a realizar a sua.
(Hermógenes - Do livro: Mergulho na Paz)

CONFLITOS - Álvaro Veiga


Conflitos, conflitos
Conflito interno, eu sou verão mas tô inverno
Conflito externo, eles de bota eu de chinelo
Conflito de casal, o amor anda meio mal
Conflito de família, pai que não reconhece filha
Conflito de raça, operou-se a divisão da massa
Conflito social, desigualdade sem igual
Conflito armado, tua vida não vale um vintém furado
Conflito global, um é maluco, o outro boçal
Conflitos, conflitos
É tapa na pantera
meu grito é contra a guerra
melhor ficar ligado
tudo ainda pode dar errado
Alegria geral, samba, muito chopp e carnaval
Apatia geral, deixa pra lá que isso é normal
Liberou geral, levei um papo com o fiscal
Dominou geral, milícia ao invés de policial
Loucura geral, realidade virtual
Pânico geral, a qualquer hora e local
Detonou geral, a china no comércio mundial
Sujou geral, planeta em estado terminal

Marcelo Yuka, em ‘Ocas - saindo das ruas’

Já vi tantas atitudes mínimas dando resultados, que isso acaba sendo mais forte que as decepções que tive. Existe por aí uma idéia de que tudo é gigantescamente errado e que um simples cidadão, sozinho, é incapaz de mudar isso. Mas não é verdade. Todo dia tem gente por aí fazendo e acontecendo, e não tem o olhar da mídia. E você ter essa certeza na sua vida, de que isso faz a diferença, não é sonho, não é lorota, não é golpe de sorte, quando você tem essa noção você acredita que tem um poder. E o problema é que você não é educado para sentir esse poder. O poder do cidadão. Você é educado para sentir medo, para se fechar, para não se doar. Não existe mais o pensamento tribal, a cidade ficou maior que o homem. É para ser o contrário: ela tem que nos servir. Não importa se você conhece ou não aquela criança que caiu no chão, se eu estou passando vou ajudá-la. Aí neguinho vem dizer: "Ah, mas não é meu filho...". Dane-se. Os caras que tocaram fogo no índio Galdino alegaram que pensavam que ele era "apenas um mendigo". Quer coisa mais absurda? O ato de matar moradores de rua é antigo. A sociedade brasileira faz isso de tempos em tempos nas suas grandes metrópoles há décadas. Para mim, o que se chama de violência hoje é um grito esquizofrênico por um pedido de reeducação. Ou as pessoas que têm chance à educação revêem seus conceitos, ou elas vão pagar um preço cada vez mais alto por isso. Não desejo mal a ninguém, mas tudo funciona como conseqüência. O Brasil é campeão de injustiça social. Não é só dar educação a quem não tem, mas reeducar o ponto de vista daqueles que têm. Yuca

A história já é conhecida: novembro de 2000, um assalto, nove tiros. Marcelo Yuka, então baterista e principal compositor da banda O Rappa, sobreviveu ao episódio e ficou paraplégico, tendo deixado a banda pouco tempo depois. Depois de um período recluso e longe da mídia, o músico e ativista retornou ao trabalho com o F.U.R.T.O, com apenas um disco, lançado em 2005. Agora, ele passa por uma nova fase: o discurso, sempre politizado, vem carregado de esperança. Yuka atualmente trabalha em um álbum com o produtor Apollo 9 (as cantoras Céu e Cibelle estão entre as participações especiais), além de produzir o Mestiço, segundo ele, um projeto de "eletro-indígena-hardcore". A estrada também volta aos planos - ele se apresentou na Virada Cultural, em São Paulo, e subirá aos palcos do festival Black na Cena e do Rock in Rio. Mas conversar com Marcelo Yuka vai muito além da música: "Hoje sei que, em algum lugar, tem alguém querendo ouvir o que tenho pra dizer"...
por POR GABRIEL LOUBACK  
                                                                                                              

Frases do dia!

Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido.
(Charles Chaplin, no filme O grande ditador.)

Carl Gustav Jung: 
Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar. 
O Eu e o Inconsciente, Obras Completas vol. VII/2, Editora Vozes.

A psicologia do indivíduo corresponde à psicologia das nações. As nações fazem exatamente o que cada um faz individualmente; e do modo como o indivíduo age a nação também agirá. Somente com a transformação da atitude do indivíduo é que começara a transformar-se a psicologia da nação. Até hoje, os grandes problemas da humanidade nunca foram resolvidos por decretos coletivos, mas somente pela renovação da atitude do indivíduo.                          Psicologia do Inconsciente, prefácio à primeira edição.

Até o ponto que podemos compreender, o único propósito da existência humana é acender a luz do SENTIDO na escuridão do mero SER.

A experiência mais bonita que se pode ter é a do misterioso… Aquele para quem esta emoção é uma estranha, quem já não pode pausar para admirar e maravilhar-se, é como se estivesse morto.
Albert Einstein
   


"Pensamentos, sentimentos e energias."

“...Diariamente sufocamos nossos melhores impulsos. É por isso que nos dá uma dor no coração sempre que lemos aquelas linhas escritas pela mão de um mestre e as reconhecemos como nossas, como os ternos brotos que esmagamos porque nos faltava fé para acreditar em nossas próprias forças, nosso próprio critério de verdade e beleza. Todo homem, quando se aquieta, quando se torna desesperadamente honesto consigo mesmo, é capaz de pronunciar verdades profundas. Derivamos todos da mesma fonte. Não há mistério sobre a origem das coisas. Somos todos parte da criação, todos reais, todos poetas, todos músicos; só nos falta desabrochar, apenas descobrir o que já existe em nós...” ( Henry Miller).

Henry Valentine Miller nasceu em 1891, em Nova York (EUA), filho de um pobre alfaiate do Brooklyn, bairro onde cresceu e exerceu diversas profissões - de lixeiro e coveiro a vendedor de livros e empregado da companhia de telégrafos Western Union. Em 1924, larga seu emprego para se dedicar à literatura.

Miller muda-se para Paris em 1930; convivendo com outros norte-americanos voluntariamente exilados, sofre privações econômicas, compensadas para ele pela liberdade moral dos franceses. Torna-se amigo de expoentes da cultura da época, como Anaïs Nin e Lawrence Durrel.

Trópico de Câncer, seu primeiro livro, foi publicado em 1934, em Paris, com ajuda de Anaïs Nin, que também o auxilia na publicação de Primavera Negra (1936) e de Trópico de Capricórnio (1939). Em 1940, a Segunda Guerra obriga Miller a voltar aos EUA. Instala-se, então, em Big Sur, na Califórnia, mas seus livros são proibidos no país, sob acusação de obscenidade.

Foi só na década de 1960, com suas reivindicações de liberdade sexual, que a mocidade norte-americana reconheceria em Miller um grande autor, para não dizer um guia. Sua trilogia autobiográfica Sexus (1949), Plexus (1952) e Nexus (1959) seria liberada em 1964, após uma série de processos judiciais. Henry Miller morreu em 1980, em Los Angeles (EUA).  
http://educacao.uol.com.br/biografias/henry-miller.jhtm

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não corras, não tenhas pressa. Aonde tens que ir é só a ti...



Inflama-me, poente: faz-me perfume e chama;
que o meu coração seja igual a ti, poente!
descobre em mim o eterno, o que arde, o que ama,
...e o vento do esquecimento arraste o que é doente!

Juan Ramón Jiménez

terça-feira, 20 de setembro de 2011

LIVRO: A Busca: uma Jornada pelo Caminho Interior

A busca de que trata este livro faz vir à tona o anseio de cada um de nós por uma vida dotada de significado. A busca pressupõe um atitude espiritual nos leitores, um sentimento de nostalgia de alguma coisa que se perdeu ou esqueceu, a certeza de que existe alguma coisa escondida que o homem não pode encontrar enquanto não for arrastado, sabe-se lá por que influências, a buscar uma fonte de idéias que possa, pouco a pouco, libertá-lo das suas formas cristalizadas de percepção e trazer-lhe o verdadeiro conhecimento de quem ele é.


INTRODUÇÃO


Henri Tracol
O homem nasceu buscador.

Equipado como o foi pela natureza, para vibrar com uma vasta série de impressões, não está predestinado a um surpreender-se interminável? Obrigado por necessidade a escolher, dentre essas impressões, as que se ajustam a uma assimilação consciente — e, por esse modo, aproximar-se de uma genuína percepção da própria identidade — não é escolhido para uma contínua auto-interrogação? 

Tal é a sua verdadeira vocação, o seu direito inato. Pode esquecê-lo, negá-lo, escondê-lo nas profundezas do seu ser inconsciente; pode desencaminhar-se, tratar mal esse dom oculto e aumentar seu próprio alheamento da realidade; pode até tentar convencer-se de que atingiu, de uma vez por todas, as plagas da Verdade eterna. Não importa; esse chamado secreto ainda está vivo, instigando-o desde o seu interior a tentar, e a tentar cada vez mais, compreender o sentido de sua presença aqui na terra. Pois ele aqui está para despertar, para lembrar-se e para buscar, muitas e muitas vezes.

Buscar o quê?, poder-se-ia perguntar. Há de haver, por certo, um alvo definido, um propósito, uma marca a ser atingida no devido tempo (...)

O restante do resumo: http://www.sophia.bem-vindo.net/tiki-index.php?page=Tracol+Busca

O que mantém o homem vivo é a esperança. Bertold Brecht

O QUE MANTÉM O HOMEM VIVO ?

Amados,
Ontem vivenciei uma experiência que preciso partilhar com vocês.
Como sabem, eu apresento um despretencioso programinha em uma TV local, aqui na bela e Santa Catarina.
Os assuntos são variados, mas sempre voltados para qualidade de vida. Uma espécie de baú de onde saem histórias, exercícios de relaxamento, meditação, entrevistas e vai por aí.
Há um quadro chamado Tapete Mágico (porque pode nos levar a qualquer lugar), no qual eu entrevisto jovens do ensino médio das escolas daqui.
Ontem, gravando o programa que irá ao ar neste domingo, conversei com jovens da terceira série do ensino médio de uma escola pública, de um bairro de periferia.
Falamos sobre suas buscas pessoais, dificuldades e ... sonhos. Então, já no finalzinho, pedi que cada um dissesse um sonho que acalentasse. As respostas foram, quase sempre, comuns: formar-me; ser bem sucedido na vida, etc. Tudo dentro da norma. Até que o último jovem sapecou-me esta: - meu sonho mesmo é ser imortal. Deixar minha marca ao sair daqui. Ter feito alguma coisa boa. Seus olhos tinham um brilho fascinante. Sua voz, uma doce firmeza. Tudo neste menino de 17 anos era decisão. Não me restou nada a não ser abraçá-lo e sussurrar-lhe a frase do Brecht: "o que mantém o homem vivo é a esperança."
Este menino renovou-me as esperanças e a certeza de que podemos, cada um com nossos sonhos, mudar o mundo para um lugar decente, justo e perfeito para se viver.
A ele, minha gratidão e votos de boa jornada.

Beijos fraternos a todos, Aninha, fada peregrina.
http://br.groups.yahoo.com/group/mgroupianos/message/6893




segunda-feira, 19 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

LUZ

?

Quem teria inventado o nosso ponto de interrogação?
Ele já tem a forma de uma orelha que escuta.
Mário Quintana

"Uma animação que sugere a importância da pergunta em nossas vidas. É através das nossas inquietações que nos movimentamos para buscar aquilo que não sabemos."

Ninguém pode mudar o mundo. Um texto para quem tem senso de humor.

Por isso devemos logo de início ignorar ou pelo menos desconfiar de qualquer um com essa intenção. "Por quê?" (insira voz de idiota na pergunta), um tolo pode perguntar. Ora, porquê! Não importa. Ninguém pode mudar o mundo porque ninguém é Jesus. Ninguém é Maomé. Ninguém é Buda. Ninguém é Einstein. Ninguém é Newton. Ninguém é Darwin. (estenda essa lista para o resto dos famosos, inclua também os não-famosos e todos os que colaboraram com eles) Ninguém é ninguém. E o mais importante de tudo: jamais será. Imagine, que pretensão inaceitável: ser alguém. Ora, termine sua bebida, vomite e vá pra casa como todo mundo! Mudar o mundo! Idéia de jerico! Apenas pessoas mudam o mundo. Aliás, é tudo que elas fazem na vida, coitadas. Você não quer ser uma pessoa, quer? Pessoas são detestáveis, são do tipo que morrem virgens. São do tipo que travam conversas chatas. São do tipo que ficam melhor trancadas, caladas, queimadas e ignoradas.
Não seja, eu disse, não seja uma pessoa. Seja gente como nós. Nós temos distrações até pro seu cachorro. Nós temos religião sólida, religião líquida, em pó, em tubinhos, em pílulas, religião que cresce no chão, frases bonitas, sexo fácil e, acima de tudo, ESTILO. (Insira sorriso carismático) É... nós somos! O resto tenta. Nós, que somos gente, nós temos amigos, carreiras, tudo. Nós temos tudo. É isso mesmo, nunca tinha me tocado... Meu Deus, nós somos deuses! Somos mais que deuses, temos livre-arbítrio. Temos frustrações que nos impedem de enjoar da felicidade. Mas por que? Por que, em nome de tudo que há de mais sagrado (insira imagem de uma vagina) alguém gostaria de ser uma pessoa? Pensar no mundo? Pensar em mudança? Meu Deus (insira Matt Damon empolgado aqui), temos tantas coisas mais legais pra fazer! Tanto em que usar nossos neurônios! Olhe (contando nos dedos): Videogames. MTV. Kama Sutra. Wisky. Câncer. Ou Cartas. Praia. Namoro. Cerveja. Câncer. Tanto faz. "Suit yourself", temos para todos os gostos. Gosta de ler? Ótimo! Leia Kafka, leia Baudelaire, leia Tolstoi. Nós garantimos: Aqui dentro, você está seguro do verdadeiro significado, que, eu garanto, te decepcionaria se você soubesse.
Você gosta de ver as coisas criticamente (ser do contra)? Ótimo, isto está na moda também. Aqui você pode ser assim e ainda ser amado. Aqui você pode xingar o sistema, reclamar da própria hipocrisia, falar mal da própria falta de caráter. Tudo certo, testado e aprovado. Adaptamos tudo pra você, você pode ser tudo. Pode escolher a idéia que quer que implantemos em você. Temos para todos os gostos! Pode se revoltar. Vamos lá, tente. Acredite em mim, está tudo perfeitamente seguro. Grite! Vamos, organize grupos de combate a sei lá o quê. Colabore com não sei o que lá. Lute pela sei lá o que de sei lá aonde. Vamos! Pode ir, sério, não acredita em mim? Vivemos em tempos bem diferentes agora. Enquanto a maioria acredita que não aprendemos nada do passado, nós não só aprendemos como aplicamos perfeitamente. Nós aprendemos a conter reações contrárias de DENTRO, antes de começarem. Nós aprendemos a continuar fazendo o que nos interessa sem que os poucos descontentes nos atrapalhem. Nós temos canções de ninar para os espíritos cansados. Eles soam como sirenes de emergência, não é? Não, para quem nasceu aqui dentro não. Para quem está acostumado, elas soam como isto: (insira música favorita aqui). Uma doce, doce melodia...
Janos Biro


CANAL YOUTUBE

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O VALOR DA MUDANÇA - Viviáne Mosé

Compartilhando idéias.

dom, 02/12/07por Paulo Coelho categoria Todas


"O reverendo Richard Halverson diz que podemos compartilhar nossas idéias de duas maneiras: como se fossem flechas ou sementes.
“Idéias-flechas” normalmente são utilizadas por professores, patrões, gente que tem pressa ou que acredita saber tudo. Vão direto ao coração e terminam matando a curiosidade e neutralizando a iniciativa das pessoas.
As “idéias-flechas” são rapidamente colocadas em prática, e logo esquecidas.
As “idéias-sementes” são as que a vida nos oferece, através das escolhas que fazemos: quando nos permitimos ficar comovidos com algo, lemos um livro que não fomos obrigados a ler, assistimos sem pressa a um belo pôr-do-sol, conversamos com alguém sobre um assunto que realmente nos interessa.
As “idéias-sementes” não se fazem notar logo, mas crescem com raízes profundas e se transformam em realidade."

Corujão da Poesia e da Música-Universo da Leitura


Somos a única vigília semanal de poesia, literatura, música e outras manifestações artísticas no continente americano. Um projeto de extensão e cultura da UNIVERSO-Universidade Salgado de Oliveira. Em nossos encontros não há roteiros prévios e o protagonismo é do público que ocupa livremente o microfone. Temos como compromisso fundamental a disseminação do PRAZER DA LEITURA e a INCLUSÃO DO OBJETO LIVRO em quaisquer locais por onde passamos ou somos solicitados.

João Luiz de Souza.
Assessor de Cultura da UNIVERSO.
Coordenador Executivo do Corujão da Poesia e da Música-Universo da Leitura e Programa Bibliotecas Solidárias.




Por que ler poesia em pleno século XXI?


Posso ser sincero? Porque não existe coisa melhor que você possa fazer na vida! Tirando tomar sorvete com calda de chocolate, viajar, conversar com os amigos e zoar por aí, poesia é a coisa mais gostosa do mundo.
Poesia é totalmente fora de moda. Não se compra em shopping center nem em supermercado. Não impressiona os amigos como um tênis de marca ou um penteado diferente. Enfim, não serve pra nada. Nem pra ganhar dinheiro. Não é um espanto que mais e mais jovens se interessem por poesia?
Pois é. Os poemas falam das coisas que dizem respeito ao coração, ao dia-a-dia, ao ser humano, seu corpo, sua alma, suas alegrias e dramas. Como é que isso tudo pode sair de moda?
Você, que é inteligente, sabe que tudo passa e muda. Os costumes, o comportamento, o certo e o errado, as coisinhas e as coisonas importantes. Mas, o ser humano é sempre igual. Sempre se perguntando, em dúvida, inseguro, sentindo mil coisas e tudo ao mesmo tempo. E isso só a poesia pode responder.
Poesia escrita, falada, desenhada, espalhada pela internet, não importa. A poesia vai em frente e escancara mesmo, vai lá no fundo, vai com você com tudo. Vá com a poesia que você sempre irá bem. E quem não gostar (de você ou da poesia), paciência.
Poesia é bocuda mesmo, corajosa, e pode ser o que você quiser. Se não gostar do que eu fiz, faça melhor, fique à vontade, use e abuse, crie, invente, faça diferente. Só não fique na mesma, paradaço, não é isso que faria o Picasso! Palavra de poeta, assino embaixo,
Ulisses Tavares

Retirado do livro:

A partir de 9 anos.

sábado, 10 de setembro de 2011

O LIVRO DOS ABRAÇOS - Eduardo Galeano

"A BELEZA E A EMOÇÃO DOS "PEQUENOS MOMENTOS".  
Tratar a memória como coisa viva, bicho inquieto: assim faz Eduardo Galeano quando escreve. Sua memória pessoal e a nossa memória coletiva, da América. Quando escreve, ele mostra que a história pode - e deve - ser contada a partir de pequenos momentos, aqueles que sacodem a alma da gente sem a grandiloqüência dos heroísmos de gelo, mas com a grandeza da vida. Assim é este "Livro dos Abraços". Em suas andanças incessantes de caçador de histórias. Galeano vai ouvindo de tudo. O que de melhor ouviu ele transforma em livros como este, onde lembra como são grandes os pequenos momentos e como eles vão se abraçando, traçando a vida. A memória viva, diz Galeano, nasce a cada dia. Ele diz e demonstra, em livros como "As Veias Abertas da América Latina", "Dias e Noites de Amor e de Guerra", "Os Nascimentos", "As Caras e as Máscaras", "O Século do Vento" e, agora, neste "Livro dos Abraços". Nada que possa ser dito numa apresentação é capaz de chegar perto da beleza e da emoção que estas páginas contêm. Abra este livro com cuidado: ele é delicado e afiado como a própria vida. Pode afagar, pode cortar. Mas seja como for, como a própria vida, vale a pena." 


PORQUE CANTAMOS

Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel


você perguntará por que cantamos


se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos
antes mesmo de explodir a vergonha


você perguntará por que cantamos


se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram as árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro


você perguntará por que cantamos


cantamos porque o rio esta soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino


cantamos pela infância e porque tudo
e porque algum futuro e porque o povo
cantamos porque os sobreviventes
e nossos mortos querem que cantemos


cantamos porque o grito só não basta
e já não basta o pranto nem a raiva
cantamos porque cremos nessa gente
e porque venceremos a derrota


cantamos porque o sol nos reconhece
e porque o campo cheira a primavera
e porque nesse talo e lá no fruto
cada pergunta tem a sua resposta


cantamos porque chove sobre o sulco
e somos militantes desta vida
e porque não podemos nem queremos
deixar que a canção se torne cinzas.


Mário Benedetti

terça-feira, 6 de setembro de 2011

domingo, 4 de setembro de 2011

"Sejamos a mudança que queremos no mundo."

É preciso que as pessoas educadas
vivam junto aos mais pobres, é
preciso ensinar aos oprimidos
a não colaborarem com os
opressores.

Saber e não fazer, ainda não é saber.



Não há caminho para a felicidade, a felicidade é o
caminho.

É possível acabar com a exploração dos pobres, não matando alguns milionários, mas esclarecendo os pobres para que deixem de colaborar com os exploradores.

A regra de ouro é se recusar resolutamente a ter o que milhões não podem ter. A capacidade de recusar não se apresentará a nós de repente. O primeiro passo é cultivar a atitude mental de não ter posses ou recursos negados a milhões; o segundo, reorganizar nossas vidas de acordo com essa mentalidade o quanto antes.



O espírito da democracia não é algo mecânico a ser ajustado pela abolição das formas. Ele requer mudança no coração.

Mohandas K. Gandhi, o Mahatma


"Para observar e absorver. Para refletir, decidir e praticar."
  
Arte de Eduardo Marinho

Frases do dia: Não basta saber, é preciso também aplicar; não basta querer, é preciso também agir. Goethe

Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.
Eduardo Galeano


George Orwell:

A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.

Aceitar uma civilização como ela é significa praticamente aceitar a sua deterioração.

Em tempos de embustes universais, dizer a verdade se torna um ato revolucionário.




A MARCA (poema).

O olhar da tormenta
cravou sua marca em mim.


Quem sabe?


Quando os pés caminham
sabe a estrada
quem os leva?


Sabe a noite
os nomes de quem
murmura silêncio?


Sabe a cor
de seu reflexo no olho
de quem a observa?


Quem sabe?


Estou marcado
feito coisa,
feito gado.


Só que
não sendo coisa
sei da marca
sei da estrada
sei dos pés e dos caminhos.


Do  silêncio mudo eu sei os nomes
e no meu olho
sangra a cor
da marca
que lavarei um dia.


MAURO LUIS IASI

META-AMOR-FASES - Coletânea de poemas - Editora Expressão Polular - São Paulo - 2008.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Invasão Cultural Norte Americana. (Vídeo).

http://youtu.be/W2pt_659wEE

"Vídeo do Trabalho do ACA de Inglês. EMILCAM 2009.
Edição de Leonardo Augusto."

Valeu, irmão!!!  

LIVRO: CONFISSÕES DE UM ASSASSINO ECONÔMICO


"John Perkins trabalhou como economista-chefe da empresa Chas. T. Main em Boston, Massachusetts, no período de 1971 a 1981. É considerado um especialista internacional no que se convencionou chamar de “macroeconomia” e apresentado como “ex-membro respeitado da comunidade de negócios na banca internacional”. Em seu livro “Confissões de um assassino econômico (Confessions of an Economic Hit Man), descreve como, enquanto profissional altamente bem pago, trabalhou para que os Estados Unidos pudessem defraudar em trilhões de dólares países pobres do globo inteiro, emprestando-lhes mais dinheiro do que eles poderiam pagar para depois se apossar das suas economias.
Trata-se de uma obra inquietante, de um profundo conhecedor do assunto. Em entrevista ao programa “Democracy Now”, declarou acerca de seu livro:

“Por várias fui convencido a deixar de escrever este livro. Recomecei-o mais de quatro vezes durante vinte anos. Em todas as ocasiões, a minha decisão de voltar a começar foi influenciada pelos acontecimentos mundiais da época; a invasão do Panamá em 1980, a primeira guerra do Golfo, a Somália e a revolta de Osama Bin Laden. No entanto, as ameaças ou os subornos acabaram sempre por me convencer a parar”

            Primeiro a definição, o que seria um assassino econômico? Algumas pessoas devotam a sua vida à construção e preservação do império estadunidense, criando situações que façam voltar a maior parte possível dos recursos internacionais aos cofres estadunidenses, sejam empresas públicas ou privadas, governo ou cidadãos comuns. Inegável o sucesso deste tipo de gente, a quem em última análise, se deve a construção do mais poderoso império que a humanidade já viu." (...)


Restante do resumo do livro emhttp://www.culturabrasil.pro.br/ehm.htm



Livro: A Invasão Cultural Norte-Americana


"O livro A Invasão Cultural Norte-Americana é fruto de um estudo amparado por números e fatos que comprovam o colonialismo cultural que o Brasil se submete aos Estados Unidos. É um livro, é um manifesto, é uma luz que se acende nesse mar de penumbra cultural."